quarta-feira, 22 de março de 2017

Revolução Francesa parte II

O iluminismo na Revolução

Se você não viu a parte I desse assunto, veja clicando aqui.


Fonte: infoescola.com

     A arma ideológica utilizada durante a Revolução Francesa, por meio da qual a burguesia conseguiu a unidade de pensamento que lhe deu o apoio de todo o terceiro estado, foi a filosofia iluminista.
     O contato direto com os filósofos da ilustração permitiu à classe burguesa transformar seus interesses particulares em interesses de toda a sociedade francesa, uma vez que a luta contra o absolutismo, o mercantilismo e os privilégios sociais também interessava às outras camadas populares. O humanismo iluminista legitimou a violência da revolução, colocando-a a serviço do direito, da liberdade, da igualdade e da justiça social. Os homens que morreram nas batalhas revolucionarias, tombaram motivados pelas palavras inscritas no ideário iluminista.
     A maior parte da população francesa era composta por camponeses, proprietários de quase metade das terras e que pagavam a maior parte dos impostos. Por esta razão, passavam muitas dificuldades, até mesmo para sustentar a própria família. Em épocas de seca ou frio rigorosos, a situação piorava com a queda da produção, a fome era constante e a consciência da exploração ficava mais clara, os privilégios sociais mais insuportáveis.
     No final do século XVIII, uma seca, que durou vários anos, destruiu boa parte da produção agrícola e, para piorar, houve uma praga de coelhos. Como o camponês era proibido de caçar, pois a caça era privilégio da nobreza, os coelhos reproduziram-se rapidamente, acabando com o que não fora destruído pela seca.
     A fome também atingiu as cidades. A subprodução agrícola elevou violentamente os preços dos gêneros alimentícios. Gastando mais com a alimentação, a população das cidades deixou de comprar manufaturados. As manufaturas entraram em crise, dispensando seus empregados. Multidões de pedintes e famintos passaram a povoar as cidades francesas.
     Como se isso não bastasse, um tratado comercial com a Inglaterra, assinado em 1786, aguçou a crise econômica: em troca de privilégios concedidos aos vinhos franceses, os produtos industriais ingleses tiveram seus impostos alfandegários reduzidos. A manufatura francesa não aguentou a concorrência. Novas falências, mais desemprego, mais fome.
     No reinado de Luís XVI, a situação piorou. Ele enviara tropas para ajudar na independência dos EUA, aumentando os gastos da Coroa. Para resolver esse problema, o rei colocou um economista, Turgot, no cargo de controlador geral das finanças. Turgot tentou extinguir os privilégios fiscais do clero e da nobreza, mas, por pressão destes, o rei demitiu-o e foi substituído sucessivamente por Necker, Brienne e Necker novamente, que não tiveram sucesso ao tentar reformar o sistema tributário francês, esbarrando sempre na oposição de clérigos e nobres.

A Revolta dos Notáveis

 
A Queda da Bastilha (1407/1789)
símbolo da mais radical e abrangente das revoluções burguesas

     Os historiadores colocam o ano de 1789 como o início da Revolução Francesa. Mas essa, por uma das "ironias" da historia, começou dois anos antes, com uma reação dos notáveis franceses clérigos e nobres contra o absolutismo, que pretendia refonhar-se e para isso buscava limitar seus privilégios. As reformas tentadas desde Turgot visavam salvar o absolutismo, porém, o clero e a nobreza foram incapazes de entender seu alcançe, não cedendo em nada, não queriam dar os anéis para salvar os dedos.
     Não percebendo que seus privilégios dependiam do absolutismo, os notáveis pediram ajuda a burguesia, para lutar contra o poder real a Revolta dos Notáveis. Eles iniciaram a revolta ao exigir a convocação dos Estados Gerais para votar o projeto de reformas.



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